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Kenia Maria

Escritora e defensora dos Direitos das Mulheres Negras na ONU Mulheres


A busca pela ancestralidade começou cedo para a escritora e ativista Kenia Maria. Aos 15 anos, quando estudava em uma escola dentro do Sambódromo, ela precisou entender a dimensão da sua cor. Naquele espaço, seu corpo negro era visto como atração turística aos olhos dos gringos. Então, o caminho que fazia até chegar à sala de aula era repleto de assédio.


Como ela mesma já escreveu para a revista Vogue: “Eu tinha apenas quinze anos e precisava me preocupar com a minha bunda, boca, cabelo e com a cor da minha pele. Enquanto meninas brancas só precisavam pensar em química, física, história e quem elas beijariam durante o recreio”.


Depois de mais de 20 anos atuando em defesa dos direitos negros, Kenia foi nomeada pela ONU Mulheres do Brasil, em 2017, a primeira Defensora dos Direitos das Mulheres Negras. No ano seguinte, a ativista entrou na lista dos 100 negros mais influentes do mundo, segundo o Mipad (Most Influential People of African Descendent), juntando-se a um time internacional de grandes nomes.


A escritora, que também é atriz, apresentadora e roteirista lançou, em junho de 2018, o seu primeiro livro da coleção infanto-juvenil “Contos de Um Brasil Que Eu Não Sei”. Serão seis edições com adaptações lúdicas da história de um Orixá. A ideia da coleção veio com a Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira e africana em todas as escolas, públicas e particulares, do ensino fundamental e médio - mas que ainda não é cumprida.


Por conta da sua atuação, em janeiro de 2019, Kenia foi convidada a participar da Marcha Mundial das Mulheres, em frente à Casa Branca, em Washington – sendo a primeira brasileira a discursar nesta manifestação. Em fevereiro, ela palestrou na Universidade de Columbia, em Nova York, no evento “Afro-Latinx Perspectives: Activism and Transectionality”, que ocorreu em função das homenagens à história negra nos Estados Unidos.


Por aqui, Kenia Maria também é uma das embaixadoras do Projeto Criança Esperança e esteve presente no Carnaval deste ano. Ela desfilou na comissão de frente da União da Ilha interpretando a escritora Carolina Maria de Jesus.

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